segunda-feira, 29 de setembro de 2014

[A Escolhida] A garota da Profecia


“Quando descobri minha missão sagrada de salvar o mundo, eu juro que surtei! À princípio meu mundo virou-se de cabeça pra baixo e matar meu primeiro vampiro foi difícil demais! Cheguei a acertar a barriga e não no coração como tinha que ser. Marinheira de primeira viagem, sabem como é, né? 

E como todo mundo sabe também, mesmo com meus poderes, eu precisaria de tempo e maturidade o suficiente para desenvolvê-los de acordo e acho que consegui. Com a ajuda de meus amigos, que começamos a chamar de Slayrettes, me tornei uma caça-vampiros melhor, mais segura e corajosa. Ah, e também teve o Angel, aquele pedaço de mau caminho literalmente e a Senhorita Callendar, uma professora técnica em computação que saca tudo a respeito de forças místicas também. Sem eles, talvez meu mundo estivesse ainda de cabeça para baixo.

A Scoobygang original: um poderoso esteio para Buffy

De cabeça pra baixo fiquei depois de uma caçada. Era mais uma rotineira, bem, pelo menos foi assim que eu pensei até minhas costas ir de encontro ao chão de forma mais violenta que o normal. Esse vampiro foi complicado, mas não seria assim se não tivesse eliminado mais dois deles naquela mesma noite. “Giles ficaria orgulhoso!” Disse pra mim mesma. Porém, quando fui vê-lo como de costume naquela manhã na Biblioteca, ele me pareceu distante. Não perguntou sobre a caçada e muito menos se preocupou quando disse que havia quebrado uma unha. Que insensível!! Mas quando falei que os vampiros estavam mais ousados, ele se intrigou. Bem, mas enfim, como ele estava fora do ar naquela manhã (deve ser coisa de inglês), eu parti para enfrentar o meu destino: a chata aula de Biologia, que até Willow, "a Fada ciência", também achou. 

A "insensibilidade" de Giles intrigou Buffy.
Algo estava realmente estranho....

Depois ela teve de ir “fazer uma coisa”, que eu não entendi. Fiquei a sós com Xander, que queria muito falar comigo. Ele estava muito nervoso, mas soltou direto: “Quero que vá a festa comigo num encontro”. Fiquei paralisada não sabia realmente o que dizer. E Xander continuou dizendo que queria ser mais que meu amigo. Mas eu não queria estragar a nossa amizade e quando ele me perguntou se sentia algo a mais, eu tive de ser sincera: “Não, não sinto”. Pobrezinho, ficou tão desconcertado que disse algo para me ferir “Acho que um cara precisa ser um morto vivo para atrair você”. Depois me pediu desculpas, pois nunca aceitou bem a rejeição. Tipo morde e assopra, sabe como é.

Buffy destroçando o coração de Xander

Mas as surpresas não acabariam por aí. Estava eu no banheiro feminino do Colégio quando notei que a água tinha virado sangue! Isso mesmo, tipo aquelas pragas do Egito. Corri até o Giles e ele estava com Angel. Depois de alguns segundos em que saí do ar com sua presença, me pareceu que ele e Giles estavam discutindo por causa de um Livro. E vocês não podem nem imaginar tudo que se passou na minha cabeça quando ele disse: “Amanhã à noite Buffy enfrentará o Mestre e ela morrerá!” 

Novamente fiquei fora do ar, e não era suspiro de amor adolescente. Era mais sério. Não sei o que passou na minha cabeça neste exato momento. Só sei que comecei a rir descontroladamente. Alguns segundos depois, a ficha cai. Vem a aceitação. “É isso, uma caçadora morre e a outra é chamada”. Olhei para o Giles e ele estava tão atônito quanto eu. Não sei se mais pela notícia, ou por surpresa por eu enfim saber o que ele tanto me escondia. Perguntei se ele ia treiná-la ou eles (aqueles malas do Conselho) mandariam outra pessoa para isso. Como o tal Mestre iria me matar, se ia doer, essas coisas....ele começou a gaguejar enquanto Angel tentava me abraçar e eu repelia. Acho que esta era a parte da raiva. Então me veio à cabeça a ideia de me demitir. Pronto! Pedi ao Giles que encontrasse outra pessoa, outro alguém para impedir o Mestre subir. E quando ele falou de sinais...eu explodi: atirei todos os livros nele, acusando-o de não fazer nada, sendo tão útil com seus livros! Depois sobrou pro coitado do Angel, que tentou me consolar, mas eu estava tão inconsolável que disse sem meias palavras que como ele nunca iria morrer, não poderia saber o que eu estava sentindo naquele momento. Angel quis me acalmar dizendo que encontraríamos um meio, mas eu já havia achado o meu. Me demiti, atirando o cordão com o crucifixo que ele me deu no chão, afinal, eu tinha 16 anos, com uma vida pela frente, e claro, não queria morrer.

"Eu me demito!"

Sabe aquela coisa de que quando a gente está prestes a morrer, toda a nossa vida passa diante de nossos olhos? Pois é, assim não demorou muito para eu recorrer ao meu álbum de família, lembrando de todos os momentos de meus 16 anos de existência. Minha mãe entrou no quarto, intrigada com o meu estado. E foi aí que de súbito, eu tive a ideia: “Mãe, vamos viajar? Pra qualquer lugar neste fim de semana!” E claro, ela não aceitou, pois como não sabia dessa parte monstruosa de minha vida, disse que tinha muito trabalho. Ela pensou que o cara que eu estava a fim no Colégio não havia me convidado para o grande Baile, por isso estava tão pra baixo. Se ela soubesse que meus problemas iam muito além disso....

Foi quando ela me mostrou algo que me fez esquecer por um momento isso tudo. O vestido mais lindo que eu já tinha visto! O mesmo que tinha paquerado numa Loja. Minha mãe fez algumas economias e comprou pra mim. Quando penso que ela nunca vai me surpreender, ela me aparece com isso! E junto a história de como ela e papai se conheceram. Ela não tinha parceiro e mesmo assim foi ao Baile onde acabou conhecendo ele. Engraçado que quando as coisas parecem piores, este tipo de história, te dá um certo ânimo. 

Entre álbuns e vestidos, uma garota que só queria ser normal

Então tratei logo de experimentar aquele vestido. Estava extasiada em frente ao espelho, quando minha mãe entra no quarto assustada falando que houve algo muito sério com a Willow e tinha até passado na TV. Corri até a casa dela e a encontrei encolhida e assustada na cama. Ela sabia que os Monstros existiam, não era novidade, mas agora estavam chegando perto demais de nós todos. Nosso mundo e o deles estavam se misturando agora e não era nada bom pra ninguém. Ao ver minha melhor amiga, companheira de caçadas, ajudante, apavorada ali diante de mim, não me restou outra alternativa a não ser cumprir o meu destino. Pessoas como Willow não deveriam sofrer por causa desse tipo de Mal que tinham de ser eliminadas pela caçadora. E a caçadora neste caso, sou eu e mais ninguém. Tinha que fazer o que era preciso. Enfrentar o Mestre. 

Recorri novamente ao meu mentor Giles para lhe dar as “boas novas” e tamanha foi a minha surpresa ao saber que ele queria enfrentá-lo em meu lugar. Eu não deixei, era minha missão, meu dever sagrado. Meu. Ele insistiu e tive de dar um soco nele para desmaiá-lo. Antes de sair, peguei meu cordão de volta, e pedi a Senhorita Callendar que cuidasse dele. Ela também se mostrou preocupada com o fato de eu enfrentar o Mestre, mas eu sabia que mesmo que morresse, eu tinha uma chance de levá-lo comigo. Então eu fui.... 

Novamente a amizade sendo a força que Buffy precisava

O pátio da Escola estava frio e sombrio como um prenúncio de algo terrível mesmo. Mas sabe quando diz que uma face de criança pode espantar a escuridão? Pois é, mas infelizmente este não era o meu caso, pois eu já sabia que aquela criança me levaria a meu destino. Morrer. Meu objetivo nesse caso, não seria viver, escapar, mas sim levar o Mestre comigo e salvar o mundo de suas bestas. O pequeno Ser me levou pela mão até um túnel mais escuro que o pátio da Escola. Parecia a rede de esgoto da Cidade. Estava tensa, muito tensa quando chegamos. 

Buffy face a face com a morte eminente

O local lembrava muito uma Igreja, lugar de adoração ou qualquer coisa. De cara, já achei muito estranho. “Um Monstro que reza”...meu devaneio foi interrompido com uma voz grave que dizia: “Bem-vinda!” e cordialmente, mas com o corpo gelado e o coração acelerado, respondi “Obrigada por me receber”. Daí então comecei a falar sobre a decoração do lugar numa tática para distrai-lo de repente, o ataquei com minha besta. Ele pegou a flecha com a mão antes de chegar ao coração. É, ia ser difícil mesmo ainda mais quando ele diz que eu não sou a caçadora da Profecia e sim o Cordeiro. O que será que significava isso? Tentei disfarçar minha apreensão “Pra quem é tão poderoso, você gosta mesmo de se esconder”. Ele me responde que estava me esperando. Mas esperando pra quê? Fato é que eu estava detestando aquele jogo de gato e rato. Queria acabar com aquilo tudo logo. E eis que a mesma voz grave soa atrás de mim. Tento me virar rapidamente, mas ele me desarma facilmente e pega pelo meu pescoço. Me solto com um golpe e tento fugir. Isso mesmo fugir...mas ele me detém usando poderes que nunca havia visto com um vampiro. Aos poucos vou de encontro a ele, de encontro a meu destino... 

Antes de cravar os dentes em mim, ele me explicou o porquê de eu estar morrendo. Uma velha cortesia entre inimigos. A Profecia de que Giles mencionou sobre mim estava mal interpretada. Eu não iria detê-lo, eu iria libertá-lo. E quando decidi ir atrás dele para isso acreditando ser a Caçadora, dei-lhe a chance que ele precisava. Chorei silenciosamente, por estar morrendo e muito mais por morrer e ainda libertar aquele Monstro. Quando cravou os dentes em mim, senti que era o fim. Nem sei se ele comentou alguma coisa sobre meu vestido. A esta altura não importava mais. 

Buffy e o Mestre: a garota da profecia enfim cumpre o seu destino

Não sei quanto tempo eu fiquei assim e nem sei se estava no limbo, purgatório ou qualquer outro lugar pra onde vão as almas. Não sou muito espiritualizada neste sentido. Sinceramente não deu nem para lembrar do que se passou e não vi nenhuma luz. Só a escuridão. Deve ser por isso que senti de novo o ar percorrendo pelos meus pulmões e quando acordei de sobressalto, vi Xander e Angel a meu lado naquele esgoto fétido. Me recompus rapidamente. Xander, sempre preocupado comigo, disse que eu ainda estava fraca, mas não. Eu me sentia diferente, mais forte e pronta para enfrentá-lo novamente. Fomos até o Mestre. Eu estava mais confiante com certeza. “Olha, um bandido!” Disse antes de derrubar o vampiro no chão. Estava determinada e logo tomei as rédeas da ação. Pedi ao Angel que “botasse sua cara feia para fora”. De um jeito ou de outro, não iria demorar. Sem joguinhos dessa vez.

A vitória de Buffy sobre o Mestre e sobre a Morte
merecia mesmo uma comemoração ao lado dos amigos

E lá estava ele. Na parte mais alta do Colégio ditando que o mundo era dele. Foi então que me apresentei e disse que ainda não. Ele se espantou do porquê eu ainda estar viva, afinal, e a Profecia? O que poderia fazer não havia passado na escrita...Então ele tentou novamente o truque dos poderes, e fui de encontro a ele novamente e quando pensou que havia me derrotado como antes, falei da boca dele (é, abusei mesmo, tava podendo!). Ele ficou nervoso, iniciamos uma luta corporal e era bem forte sim, mas não sei o que me deu no momento de minha morte até aquele momento. Estávamos com forças iguais. Foi então que avistei lá embaixo uma ponta de madeira de uma mesa quebrada, enquanto ele me perguntava se eu ia rir quando o Inferno dele estivesse na Terra. Apenas respondi com toda força e autoridade “Você adora um Inferninho. Então vai pra lá!” Então o arremessei com todas as minhas forças e ele caiu direto na enorme estaca de madeira. 

O grande Mestre, o grande vilão que tiraria a minha vida, agora não passava de um perdedor. A garota da Profecia estava viva e o mundo salvo graças a ela e a força de seus amigos. Agora era só comemorar ao lado de todos. E eu já estava vestida pra ocasião."

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

[The Slayers BR Entrevista] Dave ``The Bloody´´

No The Slayers Brasil, além de acompanhar a variedade de conteúdos acerca de Angel e Buffy, você saberá um pouco sobre essas pessoas que tornam isso realidade: Os Caçadores... Será uma serie de entrevistas (1 por mês) feitas com cada componente... Afinal por trás desse perfil do Buffyverse, se esconde um dedicado fã desse universo!

E a segunda pessoa entrevistada é o:

``Dave´´ The Bloody

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David Oliveira







 1- Faça uma breve apresentação pessoal (nome, idade, cidade/estado onde mora, área de trabalho/estudo)!

"Meu nome é David e tenho 25 anos. Moro em Maceió/AL, estudo química e, recentemente, consegui um estágio na área.
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2- Qual a importância do 
whedonverse na sua vida, David?

Grande! Foi graças ao mundo que Whedon criou que me fez curtir séries de TV, e não apenas por isso, Buffy/Angel me ajudaram a crescer.
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3- Na sua visão, como define a importância das séries (Buffy/Angel) nas gerações passada e atual (tendo em vista que muitos estão começando a ver as séries nessa nova onda de Vampiros e sobrenatural)?

Na geração passada, eu acho que a importância tanto de Buffy quanto de Angel é definida pelo impacto, até então não havia muitas séries abordando o sobrenatural, sem falar que no caso da Caçadora, nós ainda não tinhamos muitas mulheres como protagonistas de séries/filmes de ação, mas hoje em dia há várias mídias abordando o tema submundo, o que, de certa forma, diminui a força que Buffy/Angel representa, pelo menos para quem está assistindo agora. Apesar de 'novas' séries desse estilo como, por exemplo, Supernatural terem um aspecto técnico superior, visto o avanço da tecnologia, muito do que se é trabalhado nelas se deve ao que Buffy/Angel trouxeram para a TV, mostrando que estas são referências, a maior importância para o atual.
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4- Conte-nos como começou a se 
interessar por Buffy/Angel:

Eu já tinha visto um episódio ou outro, mas eu ainda não ligava muito para isso de série. Pra se ter uma ideia, o primeiro episódio que eu parei mesmo pra assistir com um certo interesse foi o último dos últimos, o.O. Lembro que a FOX ficava divulgando o episódio final e tal, aí me chamou atenção. Pois bem, quando eu assisti, fiquei tipo "wow, preciso ver do começo!". Foi quando comecei a acompanhar certinho pelas reprises e gostando ainda mais. Já Angel, eu vi pela primeira vez na Globo, mas assim como no caso de Buffy, eu ainda estava distante das séries. Quando comecei a acompanhar as aventuras da Scooby Gang, eu via o Angel e achava estranho (pobre de mim, nem sabia o que era um Spin-Off, kkk). Então, ao pesquisar a respeito e me atualizar, dei uma chance para o seriado do Vampiro e acabei adorando também!
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5- Como perguntado anteriormente, como você enxergaria esta nova onda de sobrenatural na tv e cinema? Alguma  das novas séries e filmes  tem uma mitologia tão boa quanto a criada por Joss Wheedon?

Eu enxergo isso de forma positiva, pois é algo que testa a nossa imaginação, e agora com a ramificação desse tema, nós temos mais o que curtir! Não de uma forma sádica, e sim, de uma forma que nos faça encarar os desafios do dia-a-dia. Muitas vezes achamos aquele obstáculo um monstro, difícil de encarar; ou um fantasma, cujo não podemos tocar, mas nada como uma pesquisa e um trabalho em equipe, ^^. O universo criado por Joss pode não ser perfeito (os vampiros, por exemplo, não são levados tão a sério como em certas literaturas, que possuem contos mais sombrios, ou em criações mais 'recentes', tipo,  Blade e Um Drink no Inferno), mas não lembro de nenhuma série ou filme que tenha uma mitologia tão rica quanto esse Whedonverse.
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6- O que mais te chamou e ainda te 
chama atenção no Buffyverse?

De primeira, os efeitos especiais e as lutas (eu era um pré-adolescente, oras, ^^), mas com o tempo eu fui percebendo que a série contava uma história que ia além do superficial, tinha conteúdo! Isto é o que me chama atenção até hoje.
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7- Você tem o Spike como personagem favorito. Qual a característica mais marcante do personagem 
que te levou a admirá-lo?

Seu jeito zoeiro (risos), a forma como ele se expressa é demais, desde seu lado cruel ao lado "sentimental". Spike só se tornou meu personagem favorito quando entrou de vez no elenco, a partir da 4ª temporada de Buffy.
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8- O que você carrega de contribuição do 
Buffyverse para sua vida?

O significado do que é ser uma 
verdadeira família, sendo de sangue ou não!
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9- Hoje, depois de quase 20 anos, você ainda acredita que o 
Buffyverse seja tão forte em meio aos fãs?

Eu acredito que sim, pelo menos para quem curte esse universo como eu, a ponto de estudar e refletir o seu conteúdo, que se mostrou atemporal!
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10- Buffy é uma série conhecida pelo incrível crescimento dos 
personagens durante a trama. Para você, algum personagem 
não cresceu tanto quanto os outros?

Sim. Apesar de todos subirem os degraus rumo a maturidade, uns subiram mais; outros, menos; uns demoraram mais; outros, menos. Mas dentre eles, a maior diferença fica por conta da Cordelia, da 1ª temporada para a 2ª, pode se dizer que ela começou subir os tais degraus, mas da 2ª para a 3ª temporada, a personagem regrediu (justificável, tendo em vista que o objetivo era tirá-la da série e fazê-la amadurecer em Angel).
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11- Como é para você ainda ser fã de Buffy 
depois de tanto tempo? Buffy tem alguma 
coisa que as outras séries não tem?

Sinto-me priveligiado, pois Buffy é uma série que se mostrou crescente, pelo menos na maior parte durante sua jornada na TV. Não só Buffy, Angel também. O Whedonverse, diferente de muitas séries por aí, funciona tanto no aspecto técnico quanto nas históriais individuais dos personagens, sem falar no carisma da maioria deles. A harmonia em volta do show em si é algo único.
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12- David, você prefere assistir Angel e Buffy em 
versão dublada ou legendada em Português? Por quê?

Olha, quando eu comecei a acompanhar, eu via dublado e achava muito bom! Mas depois testei o legendado e achei um pouco melhor, um pouco, pois a dublagem é muito boa mesmo! Só que o idioma original passa mais naturalidade!
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13- Deixe uma mensagem aos internautas que estão conhecendo Buffy e Angel!!!

"Aproveitem! A experiência que cada episódio oferece 
vai dar a vocês uma nova forma de encarar a vida!"
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Bom internautas, encerra-se a entrevista com o David, e espero que tenham curtido e conhecido um pouco sobre esse fã e colaborador deste portal. Em breve a serie retorna entrevistando mais um(a) Caçador(a), até lá!

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

[A eternidade] Charisma Carpenter - Por um triz




Quem vê a Charisma Carpenter como a patricinha mais amada do mundo televisivo, nem pode imaginar o que a atriz passou alguns anos antes de entrar para o elenco de Buffy The Vampire Slayer. 


Charisma sofreu um terrível episódio de violência em sua vida no ano de 1991. A atriz e dois amigos enfrentaram o mal cara a cara quando foram atacados por um maníaco que estuprava jovens nas praias dos Estados Unidos. Após muitos momentos de pânico e uma luta que resultou em seus dois amigos baleados, os três conseguiram escapar. Carpenter saiu sem ferimentos físicos, mas sua vida nunca mais foi a mesma.


Ano passado Charisma contou sua história no programa “Surviving Evil” do canal americano Discovery ID, além de apresentar o programa nos episódios seguintes, contando histórias de outros sobreviventes de casos de violência. O programa continua no ar nos Estados Unidos e agora chegou à TV paga com o nome de Por Um Triz. 

No programa você pode ver histórias incríveis de sobreviventes que escaparam com vida de traumas violentos, além de acompanhar a atriz em mais um trabalho importante em sua carreira. Por Um Triz tem episódios inéditos exibidos toda quinta, às 22:30 da noite. 

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

[Mesmo tempo, mesmo lugar] Buffy e Clark Kent: de médico e louco, todo herói tem um pouco



“Todos os mundos precisam de heróis porque eles despertam o melhor que há em nós e porque eles nos protegem das trevas que estão sempre à espreita." 

                                                                                                                     - Martha Kent


A pouca idade, as obrigações, o dever sagrado, a conduta altruísta que todo herói deve ter para carregar o mundo em suas costas, às vezes cobra o seu preço. Buffy, a caça-vampiros e Clark Kent, o futuro Super-homem já sentiram isso na pele, literalmente. 

O jovem que veio de Krypton é interpretado por Tom Welling, na série Smallville, criada por Alfred Gough Miles Millar.

A série conta a trajetória de Clark residindo na cidade fictícia de Smallville (Pequenopólis, na dublagem brasileira), durante os anos antes dele se tornar o "Superman". A ideia central é mostrar a vida do Homem - de - Aço e toda a sua trajetória se a sua nave tivesse caído na Terra nos tempos atuais, mesclando a modernidade do século XXI com elementos e valores antigos, e segundo algumas críticas iniciais, muito se inspira em Buffy e sua temática jovem. 



Mas não é só no contexto jovem que as duas obras tem ligação. Como vimos na sexta temporada de Btvs, o enredo nos apresentou uma heroína confusa e dispersa de sua missão depois de ter trazida de volta de forma traumática por seus amigos. 

Na cabeça de Buffy ela já havia cumprido seu ciclo de Caçadora. Dar a vida para salvar o mundo de um desastre de grandes proporções. Acordar do sono eterno e perceber que está novamente no mesmo mundo cruel que teve de deixar, a fechou para seus pensamentos e a isolou de seus amigos. Com isso, não foi muito difícil se refugiar num mundo de ilusão depois de ter sido infectada por um Demônio. Assim nascia a sinopse de um dos melhores episódios da série. 

Buffy numa clínica: peças de sua mente fragmentada pelo mundo real

Em Normal again (Normal de novo), episódio 17 da sexta temporada, Buffy quase descobre o esconderijo do Trio de Nerds, que safos como sempre, convocam um Demônio. Com uma poderosa toxina no seu sangue, a caçadora vai parar então num mundo que a cidade de Sunnydale simplesmente nunca existiu. 

Neste mundo, Buffy se encontra internada numa Instituição Psiquiátrica há mais ou menos 6 anos, tempo em que teria visto seus primeiros vampiros. O médico responsável por seu “tratamento” tenta fazer com que ela acredite que não é uma Caçadora de vampiros e tudo que vivera até aquele momento, eram delírios de uma mente perturbada. 

Demônios, Deuses, Super vilões, irmãs místicas, e até seus amigos de Sunnydale. Nada disso era real e que agora sim ela estava vivendo um momento de lucidez. O mesmo momento em que viveu quando morreu na bola de energia ao final da quinta temporada. Supostamente, Buffy teria recuperado a consciência, mas quando Willow, Tara, Xander e Anya a trouxeram de volta, ela reviveu sua doença, uma espécie de Esquizofrenia. Foi justamente este ponto que fez com que relutasse tanto a sair do “Hospício”, pois parece uma loucura para quem vive ou quer viver uma vida dentro da normalidade. 

Da morte à ressurreição, o choque de realidades:
coisas demais para uma mente cansada de lutar

Buffy sempre desejou ser uma garota normal e mesmo estando naquele lugar de gente doente, a fez criar um feixe de esperanças para que enfim tudo que almejou fosse a realidade que queria. Era muito mais fácil para ela aceitar que era uma garota com problemas mentais do que uma Caça-vampiros. 

Enquanto Dawn e seus amigos tentavam ajudá-la com o antídoto em Sunnydale, Buffy se prendia naquele lugar com sua mãe viva e seu pai, ainda casados. Tudo estava da maneira que queria. Era só ela dar um SIM para o tratamento que consistia em eliminar aqueles que a estavam prendendo no mundo que odiava agora. Assim ela colocou em risco a vida dos amigos até se recuperar.




Cinco anos depois, os roteiristas da consagrada Smallville molda a mesma história de fuga de um Herói. Labyrinth, episódio 12 também de sexta temporada, nos trouxe o jovem Clark Kent também internado numa Instituição para doentes mentais. 

Aqui Clark não foi infectado por um Demônio e sim atacado em seu celeiro por um Fantasma que libertou da Zona Fantasma no início da sexta temporada. O Ser maligno se apossou temporariamente de seu corpo, invadiu sua mente e o fez acreditar que todos os amigos, inimigos, vilões, seus poderes e linhagem alienígena eram frutos de sua doença. O objetivo do vilão era se apossar inteiramente do corpo kryptoniano de Clark para libertar todos os fantasmas e depois escravizar a humanidade.

Labyrinth: um dos melhores roteiros de Smallville

Como também desejava ser uma pessoa normal - mais do que isso, afinal, Clark é um extraterrestre - ele escolheu se refugiar num mundo tranquilo e seguro para ele. Um mundo em que sua chegada à Terra nunca havia destruído a vida de muitas pessoas. Que Lana Lang, sua paixão, não estava envolvida com Lex Luthor, seu maior rival e que seu pai nunca morrera por conta das escolhas equivocadas que fez. 

Por tudo isso, foi mais fácil para Clark entender que a vida que estava vivendo na sua mente (o mundo real do seriado) não era a ideal para ele, mesmo não sendo tão humano como os outros. O mesmo SIM para o tratamento foi dito por ele. 


“Você sabe quem você é, confie em si mesmo. 
Procure em seu interior, acredite”


Quando seus amigos estavam prestes a serem devorados pelo mesmo Demônio que a infectou, Buffy recebe ajuda. Joyce, que sempre estaria com ela, conduziu a filha de volta a realidade depois de dizer o quanto ela era forte, especial e que poderia lutar contra tudo aquilo se acreditasse. Claro que na realidade paralela em que se encontrava, Joyce não estava falando do mundo de Buffy caçadora e sim Buffy como mulher, pessoa. 

As palavras de Joyce mesclaram-se na mente de Buffy, que depois de um "Thank You", enfim pôde retornar do transe e voltar a ser a Heroína que sempre foi. 



A ajuda para Clark veio de seu cachorro, Shelby (O Super cão) com um latido bem distante, confirmando que ainda estava no celeiro de sua Fazenda. Mas foi de um amigo marciano que veio a saída definitiva. 

Ele era a voz da perturbada consciência de Clark naquele sanatório de ilusão. O marciano estava ali no celeiro o tempo todo tentando exorcizar o fantasma do corpo de Clark, mas só poderia obter êxito se o próprio Clark abrisse mão de todo aquele desejo de ter uma vida normal que sempre sonhou ao lado de Lana. Era preciso que ele acreditasse em quem era, no destino de ser um herói vindo de um planeta distante para ajudar os humanos. 



Se as palavras de Joyce foram o carro-chefe para que Buffy voltasse do transe, Clark precisou de um pouco mais que isso. Precisou de poderes místicos de outro planeta. No entanto, ambos beberam da mesma fonte: conhecer a si mesmo. Antes de matar vampiros e salvar vidas com super poderes, eles são filhos, amigos, pessoas que tentam viver uma vida normal em meio a um mundo anormal de tanto medo, violência e seres perversos. Eles sabem que são o remédio para um mundo doente. Esperança em meio a desesperança, solução em meio aos problemas, alivio em meio a tormenta. 

Responsabilidade que às vezes pesa nos ombros de qualquer um. A missão de um Herói pode ser ainda mais complicada para quem não é Buffy e Clark Kent. Dois jovens que se valem de coragem, fé e humanidade. A mesma humanidade que os salvou da fraqueza para se perder e Heróis daqui ou de um mundo distante, que fizeram da mesma determinação para se encontrar.