terça-feira, 22 de abril de 2014

[Metamorfose] Anne e o legado de Buffy


Por Buffy ``Flávia´´ Summers


Os Solitários. Era assim que uma certa moça loira, de olhos verdes, tristes e profundos definia os vampiros assim como ela à procura de algo que lhe desse sentido na vida. Chantarelle (nome de um cogumelo) foi sua “fase exótica”, como ela mesma define. Tão exótica quanto perigosa, pois se oferecer como banquete para um grupo de vampiros em Lie to me da segunda temporada, demonstrava o quanto aquela garota estava perdida.

A moça de nome Chantarelle seria
a refeição de Spike

Perdida também estava Buffy, que se encontrava em Los Angeles depois de uma sequência dramática de acontecimentos que terminou com a morte de seu amado Angel. A caça-vampiros de olhos outrora verdes e vívidos, de repente perdeu toda a luz e alegria deles, ficando tristes e profundos também. Então decidiu por conta própria se oferecer, não para um grupo de vampiros, e sim, para o isolamento e solidão, aproximando-se de um conhecido rosto. 

Em Anne, primeiro episódio da terceira temporada, Buffy reencontra a garota solitária que salvara daquele grupo de vampiros. Agora ela não era mais a exótica Chantarelle, e sim Lilly. No entanto, a solidão ainda estava presente em sua vida ao lado do namorado Richie, como único esteio e válvula de salvação.

Lily e Buffy: duas garotas perdidas em um papo sério

Neste tempo, concluímos que os problemas sempre vão onde quer que Buffy vá. A caça-vampiros mais uma vez se envolve com sua missão quando tende a entrar em ação para desbaratar uma armadilha de demônios escravocratas e salvar pobres garotos solitários de um destino terrível. Lilly (Chantarelle) mais uma vez estava lá, desiludida, sem nenhuma perspectiva de vida, até Buffy cruzar seu caminho e lhe permitir adotar seu segundo nome: Anne. 




Mais que um nome, foi a força que a garota precisava para enfim, encaminhar sua vida. Ainda em Los Angeles, a agora Anne Steele - que até carteira de motorista possuía - cria um abrigo para jovens solitários e sem perspectivas. Foi típico enxergar nos outros aquilo que era, podendo reconhecer o que pode ou não fazer por eles. Assim mais forte e determinada, Anne se encarrega de mostrar aos jovens o que Buffy um dia lhe mostrou. O caminho de esperança para alguém de coração forte que decide fazer algo de relevante para sua vida.

Anne como Líder de um abrigo juvenil:
Buffy como inspiração

Ao longo do tempo Anne Steele já não era mais nem Chantarelle e nem Lilly, e a solidão não tinha mais espaço em sua vida. Em Not Fade Away, último episódio de ANGEL, ela demonstra a mesma força que Buffy um dia demonstrou a ela e aos outros solitários. 

Sua última aparição no Buffyverse foi mínima, mas de enorme relevância. Estava mudando o local de seu abrigo, provavelmente para um maior, quando deixou transparecer que simplesmente continuaria fazendo a parte dela e da mesma maneira, pois o mundo é esse mesmo, ou você se adapta ou então morre. 



Anne – Lilly – Chantarelle viu muito do mundo que teve de abraçar como a mesma diz a Angel em Blood Money da segunda temporada. Mas foi quando uma caça-vampiros de olhos tristes e profundos cruzou seu caminho, que esta experiência fez com que decidisse usar da melhor maneira possível tudo que o mundo real e o mundo surreal de Buffy lhe proporcionava. 

A ela não cabia mais se desesperar, se isolar e se perder e sim aproveitar o legado de esperança e luta deixado por uma caça-vampiros que uma vez cruzou seu caminho e lhe tirou do Inferno. Felizmente para ela, esta aventura foi muito mais além de um simples segundo nome.

2 comentários:

  1. É incrível que no universo de Angel e Buffy, a cidade de Los Angeles é um local comum como cenário de episódios intrigantes como esse. A intervenção de Buffy, refletiu no destino de Anne Steele 6 anos depois (como é visto na serie Angel). Mais uma vez felicito-a pelo post, Flávia!

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    1. Obrigada meu querido como sempre pelo carinho.
      É assim mesmo, é uma história muito rica essa que eu não poderia deixar passar em branco. Adoro as duas personagens e a ligação que uma teve com a outra.

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